quarta-feira, 30 de novembro de 2011

FEUDALISMO

Ao final do Império Romano, as constantes invasões germânicas, as ameaças vikings e hunas, a insegurança nas cidades, a alta do custo de vida, o desemprego, a fome e outros fatores fizeram as pessoas procurarem o campo como uma alternativa de vida.
Os ricos foram para as suas vilas – casas de campo luxuosas mantidas pelos patrícios, como já foi visto. Enquanto os ricos abandonavam as cidades em direção ao campo, em busca de paz e tranquilidade, os pobres partiam em busca de trabalho e proteção.

Essa relação de dependência entre os homens caracterizou esse novo modo de produção denominado feudalismo, surgido das ruínas do sistema escravista romano e da introdução de costumes bárbaros germânicos.

 Feudo – nome dado as terras
 Senhores feudais - nome dos donos das terras
 Servos da gleba – e todos abençoados e controlados pela Igreja (católica).

Características  da sociedade
A sociedade feudal era determinada pela posse do feudo. Quem o possuísse era um senhor feudal, um nobre, e quem não o possuísse era um trabalhador, um pobre.
O trabalhador rural podia ser um servo da gleba, preso à terra, ou um vilão, que podia trabalhar em outros feudos, pois era um trabalhador livre e dedicava-se também ao artesanato (ferreiros, pedreiros, armeiros etc.) e iam, de castelo em castelo, oferecendo seus serviços em troca de abrigo, alimentos e proteção.
O senhor feudal, guerreiro, podia ser um leigo (civil) ou um eclesiástico (membro da Igreja).

A principal característica dessa sociedade era o seu caráter estamental, isto é, a posição social de um indivíduo era determinada pelo seu nascimento. Isso significa que todo nobre é filho de nobre e todo servo é filho de servo.
Os membros do clero dividiam-se em dois grupos: alto clero (nobres que se abrigavam na Igreja com o título de bispo, cardeal ou papa e possuíam feudos e servos) e baixo clero (eram os padres pobres das paróquias distantes).
Segundo a Igreja Católica, o mundo medieval obedecia a uma ordem divina, dividindo-se em clero (oratores – os que rezam), em guerreiros (bellatores) e em trabalhadores (laboratores).

A economia

feudo – a grande propriedade – tornou-se o centro da vida econômica medieval. O feudo era uma unidade produtiva autossuficiente, abastecendo a população que ali vivia com alimentos, lã, carne, leite, caça, pesca, madeira, frutas etc.
Essa autossuficiência era importante porque o comércio era quase inexistente: ninguém produzia mais do que o necessário.

A terra no feudo era dividida em três partes: o manso senhorial, que pertencia ao nobre; o manso servil, que pertencia ao servo, mas a maior parte de sua produção era destinada ao senhor, e o manso comunal, a terra comum aos dois, ou seja, florestas, bosques e pastagens.

Os servos, além de cuidar de sua terra e de sua criação, tinham obrigações com os senhores:
corveia:–– trabalhar três dias da semana no manso senhorial, executar serviços de construção e reparação de estradas, pontes e canais, abastecer de lenha o castelo, entre outros trabalhos;
talha:–– entrega de uma parte da produção e criação do manso servil;
banalidades: ––taxas pelo uso de celeiro, moinho, forno, tonéis etc;
mão-morta:–– taxa paga pela família após a morte do servo para continuar na terra.

A política

O poder político estava descentralizado
nas mãos dos senhores feudais.
O Tratado de Verdun, em 843, que desmembrou o Império Carolíngio, deu origem a uma série de desmembramentos, enfraquecendo cada vez mais o poder real.

Entre os povos germânicos, era comum o costume de dar um beneficium aos guerreiros que se destacassem em combate. Como agradecimento, o agraciado jurava lealdade e ajuda militar ao seu senhor, estabelecendo os laços de suserania e de vassalagem.

O suserano era o doador, isto é, o senhor que concedia um feudo a um outro nobre. O nobre que recebia a doação se tornava um vassalo.

Portanto, se tudo começou com o rei, ele é então o suserano dos suseranos, mas, na prática, o rei era mais um senhor feudal no meio de tantos, que muitas vezes eram mais poderosos que ele.

O suserano tinha por dever proteger seus vassalos prestando-lhes apoio militar e jurídico. Ele poderia também reaver o feudo se o vassalo morresse sem deixar herdeiros ou se o vassalo o traísse.
O vassalo era obrigado a prestar ajuda militar, a libertar seu suserano dos inimigos, a contribuir com o ouro para o resgate e a comparecer a todas as convocações de seu suserano.

Aspectos culturais
A Igreja

Ao final do Império Romano, a Igreja Católica iniciou seu fortalecimento espiritual e político quando o imperador Teodósio tornou o cristianismo a religião oficial de Roma.Os membros da Igreja compunham o clero, que se dividia em clero secular – eram os membros que viviam no mundo: párocos, padres, bispos, papa – e o clero regular – eram os que se isolavam do mundo, viviam em mosteiros e eram os monges (como os beneditinos, franciscanos, dominicanos).

A Igreja não possuía somente o poder cultural e espiritual. O medo do inferno, a promessa da salvação, os dízimos, as taxas e as doações tornavam a Igreja a maior senhora feudal da Europa. Esse poder excessivo nem sempre agradava a todos.A partir do século XI, ela enfrentou crises internas, como a crítica ao luxo e ao apego material de certos membros do clero, a venda de cargos eclesiásticos e a vida pessoal dos membros da Igreja.Do outro lado, pelo Império Bizantino, a Igreja de Roma foi duramente criticada, a ponto de provocar uma divisão: o Cisma do Oriente, nascendo a Igreja Cristã Ortodoxa.

Da Alemanha veio outro ataque: o imperador nomeava bispos e cardeais passando por cima da autoridade papal.Essa rivalidade entre o Estado e a Igreja deu origem à Questão das Investiduras, que foi resolvida no século XII com a Concordata de Worms. Nesse acordo, ficou estabelecido que o papa faria a investidura espiritual, nomeando o bispo. O imperador faria a investidura temporal, entregando o bispado – o feudo.

Apesar de todas as críticas, a Igreja Católica foi se firmando cada vez mais, acumulando riquezas materiais e monopolizando a cultura. Seus representantes assumiam cargos importantes em todas as cortes europeias.De acordo com a Igreja, o mundo estava ordenado segundo as leis de Deus e “todos têm seu lugar na Terra: Deus colocou uns para rezar, outros para guerrear e outros para trabalhar”. Portanto, os camponeses viviam “entre a cruz e a espada. 

DÚVIDAS? PERGUNTAS? DEIXEM SEUS RECADOS.
ESPERO QUE O RESUMO AJUDE NA HORA DO ESTUDO.
BEIJOS, BOA PROVA!
PARA QUEM NÃO VOU MAIS ENCONTRAR ESSE ANO, UM FELIZ NATAL E UM MARAVILHOSO ANO NOVO.

3 comentários: